O artista argentino Leandro Erlich (1973) trabalha como esculturas e instalações de grande escala, intervindo na arquitetura dos espaços expositivos, mas sobretudo nas nossas estruturas sensoriais. Um dos dispositivos que atravessa seu trabalho é o jogo com o que parece, mas não é: os limites entre dentro e fora, encima e embaixo, entre imagem e matéria.
O artista parece desvelar a estranheza onde ela normalmente não aparece com clareza: no cotidiano. Ou nas palavras dele: “trata-se de uma utopia de apresentar a possibilidade de transformar o que existe em uma outra coisa, e essa ação nos convida a imaginar a realidade de uma maneira diferente”. As influências de Erlich vão desde o realismo fantástico da literatura de J.L. Borges até o cinema psicológico ou surrealista, de Buñuel, Polanski e Lynch.
O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta desde ano passado, A Tensão, exposição com algumas das instalações de Erlich que mesmo no título se pretende ambígua: a tensão ou atenção?
Swimming Pool usa câmeras de água para criar confusão entre o dentro molhado e o fora seco e como o público pode estranhar o fundo, a superfície e o fora de um elemento do dia a dia, uma piscina.
Classroom usa reflexos em vidros para deslocar os visitantes para cenas em que aparecem como espectros, deslocados no espaço e no tempo. Para citar algumas das instalações da mostra.
As realizações de Erlich rompem fronteiras para além dos objetos de arte. Os limites mesmos do fazer artístico parecem estar em jogo aqui, com presença no entretenimento, na mídia e no universo das redes digitais. Sucesso entre jovens, suas exposições batem recordes de visitação e de engajamento digital e deixam mais esta inquietação sobre o que se entende por arte contemporânea, em um mundo dominado por meias verdades e pela economia da atenção.
A Tensão passou pelo CCBB Rio de Janeiro e deve estrear no CCBB de São Paulo em abril. A curadoria é de Marcello Dantas.
Leandro Erlich trabalha em Buenos Aires e Montevidéu e é representado no Brasil pela galeria Luciana Brito.
Imagens:
Guyot/Ortiz
O artista argentino Leandro Erlich (1973) trabalha como esculturas e instalações de grande escala, intervindo na arquitetura dos espaços expositivos, mas sobretudo nas nossas estruturas sensoriais. Um dos dispositivos que atravessa seu trabalho é o jogo com o que parece, mas não é: os limites entre dentro e fora, encima e embaixo, entre imagem e matéria.
O artista parece desvelar a estranheza onde ela normalmente não aparece com clareza: no cotidiano. Ou nas palavras dele: “trata-se de uma utopia de apresentar a possibilidade de transformar o que existe em uma outra coisa, e essa ação nos convida a imaginar a realidade de uma maneira diferente”. As influências de Erlich vão desde o realismo fantástico da literatura de J.L. Borges até o cinema psicológico ou surrealista, de Buñuel, Polanski e Lynch.
O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta desde ano passado, A Tensão, exposição com algumas das instalações de Erlich que mesmo no título se pretende ambígua: a tensão ou atenção?
Swimming Pool usa câmeras de água para criar confusão entre o dentro molhado e o fora seco e como o público pode estranhar o fundo, a superfície e o fora de um elemento do dia a dia, uma piscina.
Classroom usa reflexos em vidros para deslocar os visitantes para cenas em que aparecem como espectros, deslocados no espaço e no tempo. Para citar algumas das instalações da mostra.
As realizações de Erlich rompem fronteiras para além dos objetos de arte. Os limites mesmos do fazer artístico parecem estar em jogo aqui, com presença no entretenimento, na mídia e no universo das redes digitais. Sucesso entre jovens, suas exposições batem recordes de visitação e de engajamento digital e deixam mais esta inquietação sobre o que se entende por arte contemporânea, em um mundo dominado por meias verdades e pela economia da atenção.
A Tensão passou pelo CCBB Rio de Janeiro e deve estrear no CCBB de São Paulo em abril. A curadoria é de Marcello Dantas.
Leandro Erlich trabalha em Buenos Aires e Montevidéu e é representado no Brasil pela galeria Luciana Brito.
Imagens:
Guyot/Ortiz